Seja para realizar um sonho ou por necessidade, muitas pessoas procuram carros para comprar.
Independentemente do motivo que esteja por trás da importante decisão de adquirir um carro, é preciso ter em mente que os valores a serem pagos por um carro zero podem não caber no orçamento naquele momento.
É justamente por isto que muitos motoristas vêm optando por adquirir automóveis seminovos e esta é, realmente, uma excelente alternativa, mas são necessários alguns cuidados extras para garantir que se está fechando o melhor negócio, como, por exemplo, ficar atento à quilometragem do automóvel.
Pode parecer muito simples: quanto menos quilômetros rodados, mais próximo estará das condições de um veículo zerado e, portanto, melhor será o seminovo; mas a verdade é que não funciona exatamente desta forma. É totalmente possível encontrar no mercado veículos seminovos a preços competitivos e em bom estado de conservação, mas comprar um carro usado com quilometragem baixa nem sempre é sinônimo de bom negócio. Veja mais:
VANTAGENS
Se o carro de passeio for do ano corrente ou de um ou dois anos anteriores, é provável que se consiga passar um tempo considerável com baixa ou nenhuma manutenção necessária, pois os componentes do carro costumam apresentar um estado de conservação melhor. Há uma taxa maior de segurança, já que, teoricamente, por ser menos rodado, o automóvel possui peças menos deterioradas pelo tempo e pelo uso de longo período.
A pintura geralmente está mais preservada e brilhante, mais próxima da que se encontra em um carro zero.
DESVANTAGENS
A revisão pode não estar em dia: Carros pouco utilizados geram a falsa sensação na maioria dos proprietários de que a constância das revisões não é tão necessária quanto naqueles veículos mais rodados.
É provável que se trate de um carro que costumava rodar com o motor frio: Engenheiros mecânicos explicam que a utilização do automóvel por lapsos inferiores a 15 minutos não é suficiente para que o motor aqueça o óleo e seja devidamente lubrificado. Quilometragem baixa pode significar que o carro rodava a maior do tempo exposto a uma temperatura interna inferior àquela considerada ideal e isso faz com que se trate de um exemplar até 3 vezes mais desgastado do que outros. É preciso acender um sinal de alerta quando o vendedor diz, por exemplo, que o veículo era utilizado apenas para transporte entre a casa e o trabalho do antigo dono e que esse percurso se dava em um trecho curto.
Pode ser que o carro tenha ficado muito tempo parado antes de ter sido posto à venda: este é um risco mais comum em exemplares com ano de fabricação mais antigo, gerando um verdadeiro conflito entre o que marca o hodômetro e o que a documentação do veículo diz. Carros parados por muito tempo passam a apresentar componentes deteriorados, como, por exemplo, a deformação dos pneus, o ressecamento das borrachas e até mesmo a corrosão do tanque de combustível. É preciso estar atento neste sentido também.
Existe uma chance de o automóvel não ter rodado tanto, mas, em contrapartida, ter sido exposto a situações desgastantes ou a terrenos extremos: aqui estamos falando sobre carros que enfrentaram muito trânsito – em constante “anda e pára” em centros – ou que eram utilizados para transporte em terrenos difíceis e acidentados, como os 4×4, fatores que geram um desgaste um maior do veículo, independentemente da sua quilometragem.
Como a quilometragem baixa é um dos principais fatores de valorização dos seminovos, infelizmente, alguns vendedores mal intencionados podem até mesmo adulterar o hodômetro e mascarar esse dado. Não acontece sempre, mas é importante estar sempre atento e não se deslumbrar logo de cara com uma quilometragem menor marcada.
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